sexta-feira, 29 de julho de 2011

Uma mensagem de amor

Lulu e a mamãe em um momento de passeio familiar
Momento de cumplicidade entre mim e Clarinha

Mãe coruja, assumida, resolvi fazer um post em homenagem às minhas filhas e relatar um pouco do que tenho sentido e vivido nestes dois anos e meio como mãe.
Afinal, quando nasce um bebê, nasce também uma mãe, é ou não é?
Sou uma pessoa naturalmente calma e poucas coisas me tiram do sério de verdade. Até costumo dizer que as vezes brigo com as meninas porque é necessário e não porque eu tenha ficado realmente chateada com o que elas, por ora, possam ter feito.
O nascimento de Luiza foi assim: tranqüilo, embora estivesse experimentando as emoções inerentes a toda mãe de primeira viagem.
As milhares de noites acordadas – um resultado dos corujões que ela adorava fazer nas madrugadas – não tiravam muito a minha paciência, mas por vezes, ficava atordoada com o cansaço e me pegava acordando assustada, sonhando que tinha derrubado minha princesinha no chão, tamanha a fadiga.

Procurei fazer o meu melhor, mas confesso que não estava preocupada em ser perfeita. Sabia que não conseguiria. Queria, é claro, ser para ela “a melhor mãe do mundo”, e neste percurso aconteceram muitas coisas especiais (e só me dei conta disso depois que a irmã nasceu).
Com o nascimento de Clarinha, tudo ficou ainda mais mágico. A cobrança não dobrou, pelo contrário, ficou menor. Curti mais a gravidez e o seu nascimento e desta vez, sabia tudo o que enfrentaria pela frente (mesmo com a noção de que cada filho é um filho e nada se repete).
Passei a observar as minhas emoções, valorizá-las, e aproveitar cada momento com mais tranquilidade. Sabia o que fazer, sentia-me segura em muitos aspectos. O segundo filho traz essa confiança que a gente tanto corre atrás quando tem o primeiro e não consegue alcançar, ainda que todos digam que você nasceu pra ser mãe.

Não que tenha me tornado despreocupada, desatenta, independente, nada disso. A experiência com as meninas me disse que o mundo já não é mais o mesmo e passei a ver a vida com um olhar mais maduro, mais sensível ao que era, de fato, importante, mais preparado para enfrentar qualquer adversidade que surgisse.
Não tenho dúvidas de que me transformei com o nascimento de cada uma delas. Amadureci, ganhei a capacidade de enxergar o que era relevante e descartar o que não valia a pena, aprendi a filtrar as coisas que lia e ouvia, fortaleci a capacidade de escutar o meu instinto, através das experiências que vivi e tentando aproveitar as oportunidades para aprender mais e errar menos nas minhas escolhas.

Assim como elas duas são muito diferentes uma da outra, eu também não fui a mesma mãe o tempo todo. Porque não tem como não mudar, não se transformar, quando se vive a experiência da maternidade por duas vezes.

Não é fácil educar duas crianças, administrar personalidades tão diferentes, tentar entender o que cada uma deseja, o que cada uma espera da vida e de tentar manter o humor e a paciência diante dos contratempos, das coisas que programamos e não dão certo. Mas confesso que com todas as turbulências que de vez em quando enfrentamos, não vou cansar de dizer que, se eu pudesse, tipo, se ganhasse na loteria, seria mãe de dez.

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