segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A despedida


Nem toda partida necessita de uma despedida.  Mas desta vez era necessário que fosse assim. As crias ficaram na creche até dia 27 de janeiro de 2012 e resolvi fazer uma prévia do aniversário  de Lulu. 
Era na verdade um pretexto para confraternizar com os coleguinhas que conviveram juntos por pelo menos 2 anos e meio e aproveitar o momento para Clarinha também.
O cardápio era restrito: bolo, brigadeiro e pãozinho. Por isso resolvi diversificar com algumas modalidades do doce: no copinho, enroladinhos, cobertos de confete,  na bisnaga, no palito, etc. Ah, também acrescentei alguns bem casados, que entraram na categoria pão ou bolo.
A festa foi o máximo, cheia de afeto e alegria. A inocência de que era uma despedida  também não deixou a tristeza chegar nem perto.
Muitos pais foram buscar seus filhotes no final do dia com lágrimas nos olhos. Era chegado o momento da partida, da separação, de re-começar. 
Não costumo chorar nessas ocasiões e apostei que sairia ilesa deste evento. Mas ao finalizar a assepsia da mesa de doces, Elisa (dona da creche) veio até mim com a caixa organizadora contendo: mamadeiras usadas, fraldinhas de tecido, lençóis de berço e todos os outros itens que fora solicitados no seu ingresso. Aí, sim... fui vencida. Deixei uma lágrima escapar pelo canto nos olhos e saí antes que caíssem as demais.
Regressei até primeiro dia de aula e como não poderia ser diferente me dei conta de que aquela era mais uma fase vencida, uma etapa que me levaria para outros desafios, por outros caminhos, não menos emocionantes.
Como procuro ser sempre 100% positiva, preferi pensar que as despedidas são necessárias para os reencontros. E um reencontro - depois de um momento ou depois de uma vida inteira - é algo inevitável se é isso que o destino  lhe reserva. Afinal, quem nunca reencontrou um amigo de longa data e tudo foi exatamente como era?

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